Nem tudo está perdido


Todas as tardes como de costume eu saia para caminhar pela vizinhança, e um dia me deparei com uma cena que me tirou suspiros longos e demorados.

No banco da pracinha havia um senhor e uma senhora, aconchegados um nos braços do outro. E passou um filme na minha cabeça. Com certeza eles se conheceram em uma tarde como essa, e ele talvez tenha á visto sentada no banco lendo um livro, e tenha roubado uma rosa do jardim para entregá-la, e que a partir daquele dia nunca mais se separaram. E juntos viajaram, conversaram, falaram sobre a vida, deram boas gargalhadas. Mas também enfrentaram muitas brigas, desentendimentos, mas que sempre eram apaziguados com um sorriso, ou um abraço carinhoso. Afinal, as brigas eram sempre por coisas bobas e sem importância.

Passado uns dois anos ele a pediu em casamento, e se casaram em um lindo jardim com a presença de amigos e da família. Juntos tiveram lindos filhos do qual se orgulhavam muito, e que passado um tempo, mais rápido do que eles esperavam, já seriam avôs.

E tudo isso resultaria nesse momento, eles ali sentados, mesmo depois de tudo isso, ainda cheios de vida e de amor. 

Nunca tinha parado pra pensar, mas naquele momento imaginando tudo isso, percebi o quanto uma vida assim era o que eu também desejava. Uma vida que não houvesse rotina, que me tirasse do meu “conforto”, que me fizesse experimentar o novo. Sentir como era amar e ser amada na mesma intensidade. Viver com alguém que me fizesse voar, mas que também às vezes me mantivesse no chão.

Ver aqueles dois ali me fez ter esperança de novo, de que nem tudo estava perdido, e que talvez dali alguns anos fosse eu sentada ali com meu amado, sendo inspiração para outra pessoa desacreditada nesse tal de amor. 



Lindas e lindos, espero que tenham gostado. E a única maneira de saber é se vocês comentarem, então podem escrever tudo que vocês quiserem...Sigam-me publicamente no blog para receber as próximas publicações.
Fiquem com Deus,
Beijão



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